quarta-feira, 7 de maio de 2014

 SEMANA DA ARTE MODERNA  DE 1922

A semana da arte moderna de 1922 conhecida  como semana de 1922, ocorreu na cidade de São Paulo 13 a 17 de fevereiro daquele ano. O intuito principal desse evento foi romper com velhos conceitos, artistas de várias especialidades reúnem-se para mostrar ao país um novo conceito de arte promovendo a Semana de Arte Moderna, em São Paulo.
 Como tudo que é novo mexe com conceitos e, portanto assusta, não foi fácil para esses artistas se posicionarem diante da realidade política e social da época, mas a trajetória é fascinante e mostra a necessidade de sempre estarmos abertos para mudanças.
 Cenário
 Nas primeiras décadas do século XX São Paulo era o grande centro econômico e cultural do país. O crescimento industrial, a combinação do capital proveniente das lavouras cafeeiras com o capital industrial, o intenso processo de imigração e consequente formação do centro urbano, cria uma sociedade com elites dominantes.
Entre essa elite era bastante comum permitir que os filhos estudassem no exterior e quando retornam traziam consigo novas ideias e conceitos contribuindo para o desenvolvimento de diversas áreas. Com a arte não foi diferente: artistas vindos de outras partes do mundo começam a influenciar a cultura brasileira com novas ideias e perspectivas, até que surge o Movimento Modernista Brasileiro que tem seu ápice com a Semana de Arte Moderna ou Semana de 22, como também pode ser chamada em função de ter ocorrido no ano de 1922.
Histórico
Na primeira fase do Modernismo há a influência do Futurismo europeu trazido por Oswald de Andrade em 1912.
Em 1913, o russo Lasar Segall realizou em São Paulo as primeiras exposições de arte não acadêmicas do país, tida como a primeira mostra de arte moderna.
No ano seguinte, Anita Malfatti, que acabara de chegar da Alemanha, expôs quadros Expressionistas.
 Em 1917, Menotti del Picchia, Manuel Bandeira e Murilo Araújo, são os precursores da transformação na literatura brasileira, com a publicação do poema "Juca Mulato" e os livros Cinzas das Horas e Carrilhões, respectivamente.
Também neste ano, Anita Malfatti, que havia voltado de outra viagem, realizou sua segunda exibição no Brasil, dessa vez de quadros Cubistas. Esta exposição foi criticada pelo então crítico literário Monteiro Lobato. Com grande influência na sociedade paulistana, Lobato atacou violentamente a obra e estilo da pintora, mas esse fato, apesar de ter prejudicado muito a carreira de Anita, serviu principalmente para unir o grupo de jovens artistas e levar adiante o propósito modernista.
 Em 1919, é Victor Brecheret quem empolgava a intelectualidade jovem de São Paulo por ser um talentoso escultor que trazia as influências européias, sem deixar de lado seu traço nacionalista modernista.
 A partir de 1920 encontros e reuniões culturais fazem o movimento criar corpo até que a  Semana de Arte concretiza-se nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no teatro Municipal de São Paulo.


Curiosidades sobre o tema:

- Durante a leitura do poema "Os Sapos", de Manuel Bandeira (leitura feita por Ronald de Carvalho) , o público presente no Teatro Municipal fez coro e atrapalhou a leitura, mostrando desta forma a desaprovação.
- No dia 17 de fevereiro, Villa-Lobos fez uma apresentação musical. Entrou no palco calçando num pé um sapato e em outro um chinelo. O público vaiou, pois considerou a atitude futurista e desrespeitosa. Depois, foi esclarecido que Villa-Lobos entrou desta forma, pois estava com um calo no pé.



Indicação de vídeos:


Fontes: 


http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/semana22/




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